Entrevista ao site maisfutsal.pt
Pedro Henriques - Seleccionador sub-20 AF Setúbal -
PH- Acho que o balanço podia ser mais positivo, falo assim porque convoquei jogadores para treinos e nunca apareceram, a principal razão é a falta de transporte. O leque de escolhas não é assim tão vasto como parece. Sei que estamos todos atravessar uma situação económica difícil, mas se todos nós dermos um pouco mais, de certeza que tudo se torna mais fácil, basta falar, comunicar… só sabemos dizer não.
PH- Noto que temos jogadores com alguma qualidade individual mas com poucas vivências no treino, temos que colocar o jogador a pensar mais, e com a maioria dos clubes a treinar 2 vezes por semana, acho que mesmo assim podemos fazer trabalho bem diferente.
PH- O nosso objectivo é tentar passar a fase final do torneio.
5- Que critérios obedeceram à chamada dos jogadores para os vários treinos da selecção sub-20 da AF Setúbal?
PH - O principal critério é a qualidade técnica, táctica, física e psicológica do jogador, mas não é fácil construir o grupo de trabalho, por exemplo, há situações que estou a fazer conta com um jogador e depois ele não aparece, porque não tem transporte e depois temos que tentar encontrar outras soluções. Para finalizar quero só dizer a todos os clubes/treinadores que estou aqui para ajudar/trabalhar em conjunto com todos, este distrito pode ser uma potencia nacional. Um feliz natal e um prospero ano novo!
ENTREVISTA
Pedro Henriques dá uma entrevista ao seu site e fala de tudo o que tem passado desde que chegou do Japão em 2011.
Treinador da nova geração, Pedro Henriques utiliza métodos de treinos dinâmicos e voltados para as características do jogo.
Como classifica a sua época anterior, á frente do GD Freixianda?
- Sobre isso, tenho a dizer que sai de consciência tranquila, mas revoltado porque o meu bom nome foi envolvido em guerras politicas. Estava a desenvolver um ótimo trabalho, no bom caminho para colocar a Freixianda nos nacionais, mas alguém da terra estragou o projeto.
E agora o que é feito do GDF? Pois acabou!
O que falhou na Coreia do Sul?
- Desde que cheguei do Japão em março de 2011, tenho que ser sincero as coisas não tem corrido como eu queria, tenho sido muito prejudicado por terceiros. Na Coreia, senti-me enganado pelos responsáveis do clube e decidi voltar.
Qual a sua expetativa em relação a estes seus recentes projetos?
- Todos estas ideias que tenho estado a desenvolver é em prol do bom futsal nacional, desde das formações em regime de e-learning, academia mini-futsal e do centro de apoio ao treino de futsal, todas elas estão numa fase inicial, mas creio que possam ter sucesso, com tudo isto só quero continuar a aprender e partilhar toda a minha experiencia.
A ideia da academia Mini-Futsal, foi criada por mim e pelo João Paulo Nunes treinador da seleção sub 20 da AF Santarém, queremos desenvolver o futsal entre os mais novos no distrito de Santarém, é uma zona com grande potencial. Aproveito para informar todos os clubes ou instituições do distrito de Santarém que queiram promover o futsal, podem contar connosco.
Sobre o CATF (centro de apoio ao treino de futsal), é muito recente esta minha ideia, mas com este projeto quero ajudar todos os clubes, dirigentes e treinador a desenvolver o bom futsal, com novas ideias. Para mais informações sobre o CAFT, enviar e-mail para phfutsal76@gmail.com.
Sabemos que é profissional de futsal á 17 anos, e o futuro passa por onde?
- Pois é verdade já passaram 17 anos, não estou á atravessar um bom momento da minha carreira porque estou sem trabalho desde maio, sinto muita falta do treino, quero treinar. Tenho sido abordado, mas ainda nada em concreto, vou esperar. Acredito que vou ter um projeto á minha medida.
Para terminar uma mensagem aos leitores do site do Pedro Henriques?
- A todos eles partilho esta história.
Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas, imaginando uma forma de chegar até o outro lado, aonde era seu destino. Suspirou, profundamente, enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente, percebeu haver letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.
Num dos remos estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro, AGIR. Não contendo a curiosidade, perguntou ao barqueiro o motivo daqueles nomes nos remos.
O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito ACREDITAR, e remou com toda força. O barco começou a dar voltas, sem sair do lugar. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito AGIR, e remou com todo vigor. Novamente, o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo, e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.
O barqueiro disse ao viajante:
- Este barco pode ser chamado de AUTOCONFIANÇA. E a margem é a META que desejamos atingir. Para que o barco da AUTOCONFIANÇA navegue seguro e alcance a META pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: ACREDITAR e AGIR.
Não basta apenas ACREDITAR, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também AGIR para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa META. Impulsione os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais, e não se esqueça que, por vezes, será preciso até remar contra a maré.
- Será por eu ser assim que incomodo muita gente…os defeitos dos outros não devem nos incomodar, mas, sim, nos ensinar
“Orgulho-me de ter formado alguns jogadores do Japão”
Pedro Henriques fala também da experiência falhada na Coreia
Portugal superou a Líbia e defronta este domingo o Japão. Quais as principais dificuldades que podemos esperar dos nipónicos?
Em primeiro lugar, quero dar os parabéns a Portugal, fizemos um ótimo jogo. A equipa Japonesa é treinada por um grande treinador, tem feito um excelente trabalho no futsal japonês. As principais dificuldades que Portugal pode encontrar são: as transições ofensivas rápidas, boa organização nas bolas paradas e no jogo individual de alguns jogadores que são bastante evoluídos tecnicamente, que podem fazer a diferença.
Acha que o Japão foi demasiado respeitador no jogo com o Brasil?
Concordo, esse jogo não pode servir de exemplo para Portugal. No domingo a equipa japonesa precisa de pontuar, e a história do jogo vai ser outra. Portugal tem que voltar a mostrar muita organização nos seus processos.
Quais as principais unidades japonesas que devemos ter em conta no domingo?
Não quero estar a individualizar muito, acho que o Japão tem um ótimo coletivo, mas o nº 13 Japonês (Rafael Henmi), foi considerado o melhor jogador da Ásia.
Em que medida a entrada de Miguel Rodrigo na Selecção e de outros treinadores estrangeiros no Japão – como Adil Amarante e o próprio Pedro Henriques – fez com que hoje se fale desta equipa como uma formação tão promissora?
O Miguel Rodrigo e todos os outros treinadores estrangeiros que trabalham no Japão têm feito um trabalho brilhante, porque são treinadores com outras experiências e deram ao jogador japonês novas vivências. Orgulho-me de ter formado alguns jogadores que estão a brilhar no campeonato japonês.Por isso digo: este País vai ser uma potencia mundial no futsal.
Quanto à sua carreira, teve uma passagem relâmpago pela Coreia do Sul. O que falhou concretamente para que a experiência abortasse?
O que falhou principalmente foi a falta de tradutor, que num projeto deste tipo é fundamental. Para terem ideia, eu nessa semana para falar com os jogadores tinha que andar de ipad e nem sempre a tradução era correta, foi muito difícil.
Que planos e ambições tem para futuro?
Adoro aquilo que faço, e quando entro num projeto dou o meu melhor, já dei provas disso. Aguardo propostas para novos projetos.
"A minha base de conversa com os dirigentes do Sporting foi muito simples: não tinha vontade de jogar em mais lado nenhum. Se não houvesse interesse do Sporting em que continuasse a jogar, ficaria ligado ao Clube noutras funções, e deixava de jogar. Mas, ainda tenho muita motivação de jogar, de ganhar títulos no Sporting, como tal, a minha opção foi muito clara e ainda bem que houve sintonia entre as duas partes", começou por confessar João Benedito em declarações ao site oficial do Sporting.
"Qualquer atleta tem de pensar que as coisas um dia acabam e vai deixar de jogar. Não sei quando irei terminar. Sinto-me realizado com a minha carreira, com os títulos que já conquistei aqui, mantenho uma grande ambição e motivação, e penso que ainda tenho forma de competir no treino com os meus colegas ao mais alto nível", acrescentou o internacional português.
FONTE: www.futsalglobal.com